CARTA ABERTA A DOM JOÃO BRAZ DE AVIZ

Por que inventar uma falsa solução para um problema inexistente?

Há quase três anos, nós fomos surpreendidos por reportagens veiculadas pelos grandes meios de comunicação noticiando que os Arautos do Evangelho promoveriam alienação parental e abusos de todo o gênero, além de manterem colégios funcionando de maneira irregular.
Como pais dos jovens que frequentam as atividades dos Arautos, começamos a viver um verdadeiro martírio! Fomos chamados de loucos por vizinhos e conhecidos, nossos filhos passaram a ser motivo de bullying por parte dos colegas, e até mesmo familiares se afastaram de nós…
Embora conhecêssemos a verdade dos fatos e identificássemos a maldade dos caluniadores, sempre ficamos intrigados a respeito de como tal campanha, tão mentirosa e irracional, conseguisse ser levada a cabo.
Rezamos muito, e graças a Deus, o “acaso” nos revelou verdades ocultas que tanto queríamos conhecer…
Tivemos acesso a um documento público, onde pessoas se organizavam para promover os ataques que tanto nos faziam sofrer.
Nesse grupo, com mentiras horrorosas, elas montavam depoimentos, elaboravam roteiros de difamações para serem entregues ao Ministério Público, instruíam a respeito das coisas que o denunciante deveria falar, etc.
Diante de fato tão grave, tomamos providências: fomos à delegacia apresentar denúncia; peticionamos no Ministério Público; fomos à Secretaria de Educação; e, por fim, fomos pessoalmente falar com o comissário Dom Raimundo Damasceno a fim de expor tudo quanto acima narrado e dizer que nós, os pais – verdadeiros detentores do poder familiar – estaríamos à disposição para participar nas investigações que a Igreja talvez fizesse.
Passados muitos meses desde então, embora as mesmas pessoas continuassem formulando denúncias anônimas em diversos órgãos com o intuito de conturbar as investigações, quase todos os inquéritos, tanto civis quanto policiais, abertos em decorrência das calunias por eles perpetradas, já foram arquivados por não se constatar nenhum fato criminoso na instituição dos Arautos!
Nesse contexto, fomos notificados de que Vossa Eminência “decidiu que todos os menores de idade admitidos a qualquer título nos Arautos do Evangelho ao final do ano letivo em curso devem voltar a viver com as suas famílias e serem confiados aos respectivos pais.”
Vossa retaliação ideológica não se restringe a normas canônicas e eclesiásticas; ela impacta diretamente contra a educação de nossos filhos, os quais ver-se-ão privados da educação integral ministrada pelos Arautos.
Queira responder-nos: por que nós, verdadeiros detentores do poder familiar, que nos pusemos à disposição para qualquer esclarecimento, nunca fomos chamados, nunca fomos ouvidos?! Vossa Eminência terá visto pelo menos algumas das centenas de nossas manifestações públicas na Internet?!
Por que inventar uma falsa solução para um problema inexistente?! Vossa Eminência tem verdadeira preocupação pela educação e pelo futuro de nossos filhos, uma vez que pretende decidir seu futuro atropelando a vontade deles e de seus pais?
Como demonstração de nossa boa-fé e da ampla documentação que possuímos para comprovar tudo quanto afirmamos, compartilharemos um vídeo em anexo com trechos de um extenso documentário. Ele é apenas uma síntese de tudo quanto publicaremos nos próximos dias.
Eminência, pare de atentar contra a nossa escolha e a de nossos filhos! Eles têm o direito de seguirem o caminho que escolheram e nós abençoamos! Eles têm o direito de permanecerem nos seus círculos de amizade! Eles não podem ter seus vínculos afetivos rompidos por qualquer eclesiástico!

 Associação de Mães e Pais de Amparo a Estudantes - AMPARE
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